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Comecei a minha vida na Rua José Avelino, com uma sacola de roupa e um manequim debaixo do braço”. É com nostalgia que Ulisses Moreira, empresário de sucesso do mundo da moda, relembra o passado difícil, sem deixar de lado a gratidão à todas as experiências vividas que serviram de combustível para sua caminhada cheia de percalços. Filho de comerciantes, ainda menino começou a ajudar os pais, cuidando de lanchonetes, cantinas de colégio e uma padaria. Seja no caixa, no balcão ou embalando, as responsabilidades estiveram presentes em sua vida desde cedo.

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Com o mesmo ímpeto de querer construir uma história de sucesso e de conquista para si e para a família, Ulisses ingressou na atitude de amor e solidariedade. Religioso, o empresário alerta que Deus não se preocupa com o tamanho da sua oferta e sim com o tamanho do sentimento que existe em seu coração. Por ter vivido um passado muito difícil, ele conta que a cultura de ajudar ao próximo acompanhou o seu crescimento, porém o caráter doador esteve presente desde o começo de tudo.

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Suas primeiras experiências começaram com pessoas necessitadas na igreja, o que chama de “hospital espiritual”, e se perpetuam até hoje. Afinal para ele o amor é o mesmo, independente de religião. “O senhor não pregou religião e sim amor”, diz. “Amar ao próximo” foi uma frase bastante falada pelo empresário durante a entrevista com a equipe.

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Em meio a uma rotina corrida, com muitas reuniões e tendo como tarefa coordenar um corpo de funcionários numeroso, Ulisses sempre tira um tempo para ajudar ao próximo. Atitude que conserva desde novo. “Sempre fiz questão de ajudar. É verdade que no começo ajudava com pouco, afinal a vida não tinha o mesmo conforto de hoje, conquistado à base de muita luta. Mas é importante cultivar desde cedo o hábito de ajudar. Deus não precisa do seu dinheiro. Ele precisa do seu coração. E isso agrada a ele”, garante.

Ulisses Moreira

Por Gabriel Antônio e Niedja Amazonas

LUTA

GRATIDÃO

GENEROSIDADE

Paz

Amor

Solidariedade

Uma pessoa que passa fome precisa muito mais do que uma palavra amiga. Ela precisa de comida. Quem tem fome tem pressa

Generosidade:

O bem sem olhar a quem

Paz

Amor

Solidariedade

LUTA

GRATIDÃO

GENEROSIDADE

Comecei a minha vida na Rua José Avelino, com uma sacola de roupa e um manequim debaixo do braço

Sempre presente nas ações sociais do seu ministério religioso, ele conta que mais do que doar dinheiro é preciso participar do ato solidário, afinal apenas a doação de recursos é algo muito superficial, enquanto conhecer de perto as histórias de pessoas carentes é um convite a autorreflexão. “Não costumo destinar dinheiro para causas que eu não conheço. Isso me deixa distante. Tanto que nem dou dinheiro no sinal de trânsito. Prefiro tirar um dia para visitar e ajudar as pessoas com comida, bebida e uma palavra amiga. Isso não diz respeito a eles, diz respeito a mim. A minha relação com o que tenho dentro de mim”, ressalta.

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Quando indagado sobre algum fato marcante, o mesmo relembra uma de suas viagens com um grupo da igreja, levando uma doação com várias cestas básicas. Ao visitar uma velha senhora que havia perdido seu filho e estava sozinha com mais duas crianças para criar, Ulisses conta que ali viveu uma das maiores emoções de sua vida.

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Ao chegar à residência da velha mulher, viu o quanto ela era carente e se comoveu com a total escassez do local, tanto de móveis quanto de alimentos. Mais do que uma palavra amiga e de esperança, o empresário se mobilizou rapidamente para amenizar de forma imediata o sofrimento daquela família. “Uma pessoa que passa fome precisa muito mais do que uma palavra amiga. Ela precisa de comida. Quem tem fome tem pressa”. Além da ajuda com cestas básicas, Ulisses se uniu com outros amigos e levou um caminhão de móveis para aquele lar, pois a mulher possuía apenas uma cama e fogão à lenha. Ulisses conseguiu ainda um emprego para aquela mulher, exercendo serviços gerais na igreja do mesmo.

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O empresário ressalta: “A melhor forma de exercer a gratidão vem da gratidão que recebemos. Para eu ter chegado até aqui, eu tive ajuda de muitas pessoas que me estenderam a mão. Quando vi aquela mulher sem nada, eu sentir na pele o que realmente é depender de ajuda. Foi muito emocionante”, conta.

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Depois de diversas iniciativas solidárias, desde sopões, doações de roupa, móveis, entre outros recursos em praças, comunidades carentes e municípios vizinhos, Ulisses faz um desenho do seu retrospecto. “Sou um homem melhor, mas humano”, diz. No entanto, atrás de seu caráter filantrópico, o empresário prefere manter sempre o anonimato. “Não gosto de aparecer com esse tipo de caridade. Quem aparece com esse tipo de ajuda pra mim essa pessoa perde o brilho. Não precisamos aparecer. Precisamos fazer. O que aquelas pessoas vivem não é outdoor para ser divulgado. Elas vivem de forma muito sofrida. Acho desnecessária qualquer propaganda. Melhor respeitar o espaço do ser humano”, finaliza.

Paz

Amor

Solidariedade

LUTA

GRATIDÃO

GENEROSIDADE

Quem somos

Gabriel Antônio é fortalezense nato, acadêmico de Jornalismo, cristão e surfista. Não dispensa cantar de vez em quando. É viciado em informação. E mais ainda no que tange a Política, tema bastante idealizado em suas produções.

Niedja Amazonas é jornalista, fotógrafa, social media, mãe de buldogue francês e é uma grande fã cinema clássico. Tem Audrey Hepburn como ícone de vida e também gosta de hip hop nas horas vagas. Detesta se descrever porque acredita que das maiores constantes da vida é a mudança - e ela adora se reinventar. 

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